Porém, para quem não planejava esta compra e decidiu pensar
em ter um veículo novo, recomendo cuidado. Pois, a maioria dos consumidores só
pensam no custo da compra e das prestações que pagará mensalmente e esquece que
isso ocasionará outros custos, como despesas de manutenção, combustível,
manutenção, IPVA, seguros,licenciamento, lavagens e, até mesmo, possíveis
multas. Em média, o custo mensal equivale, em média, a 3% do valor do carro,
assim, manutenção de um veículo de 20 mil reais, por exemplo, tem um custo de
aproximadamente 600 reais mensais
Para saber o momento certo de adquirir um veículo é preciso
descobrir em que situação financeira o consumidor se encontra, para tanto
separo em três grupos a situação das finanças pessoais: os endividados, os
equilibrados financeiramente e os poupadores, e cada um desses grupos devem
tratar a compra de formas diferentes.
Os endividados não devem nem pensar em comprar um veículo
nesse momento, a prioridade deve ser sair das dívidas e um custo a mais em seu
orçamento é praticamente assinar o certificado de falência financeira. A
prioridade no momento deve ser resolver os problemas com as finanças pessoais,
reduzindo gastos desnecessários e, caso tenha o sonho deter um veículo, este
deve ser planejado em um prazo longo de tempo, quando,além do fim das dívidas,
essa pessoa já tenha feito uma poupança que dará a garantia de que pode comprar
com reservas para os gastos extras que terá.
Os equilibrados financeiramente também preocupam, pois, por
não possuírem dívidas, pensam que essa é hora de “investir” em um novo veículo
ou em trocar o que já possui,agindo por impulso. Mas, não percebem que não
possuem dinheiro em caixa para comprar à vista e que para um financiamento
longo é necessário planejamento. Tornando esta compra o grande passo para sair
do equilíbrio financeiro, se tornando endividado. Sem contar que se esquece do
valor de manutenção que este veículo acrescentará em seu orçamento financeiro.
O consumidor equilibrado deve refletir sobre se realmente
quer esse bem de consumo, e caso a resposta seja positiva, iniciar
imediatamente uma poupança, que terá como objetivo a troca.,nunca se esquecendo
dos gastos extras.
Para os poupadores o momento é de análise, tendo que
refletir se é realmente necessário um novo veículo, se for e tiver dinheiro
para compra a vista, essa é uma boa hora. Se faltar alguma quantia que terá que
financiar,pode até fazer, mas, cuidado para que as parcelas caibam em seu
orçamento mensal e que também tenha dinheiro para os gastos de manutenção.
Caso a pessoa já possua um veículo e queira outro, terá que
refletir quais as vantagens de um novo carro e se os gastos de dois veículos
não são arriscados. Sempre reforço que um veículo não é investimento, em função
de sua rápida desvalorização. O consumo de bens deve sempre estar associado a
reais necessidades e não a impulsos consumistas do momento.
Reinaldo Domingos, autor e educador financeiro, presidente
da DSOP Educação Financeira e Editora DSOP, autor dos livros Eu Mereço ter
Dinheiro, Terapia Financeira, Livre-se das Dívidas, Ter Dinheiro Não Tem
Segredo, das coleções infantis O Menino do Dinheiro e O Menino e o Dinheiro,
além da coleção didática de educação financeira para o Ensino Básico,adotada em
diversas escolas do país.
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