domingo, 17 de junho de 2012

Interlagos fez a história do Alpine no País


Interlagos foi fabricado no País de 1961 e 1966, com total de 822 unidades em três versões

Helder Lima

Quem quiser saber da história do modelo esportivo Renault Alpine 110, que está comemorando 50 anos, fatalmente terá de passar pelo Willys Interlagos, versão brasileira do Alpine lançada nos anos 60, que foi o primeiro carro esportivo fabricado no País.

Modelo dos anos 60 foi o primeiro esportivo brasileiro
O pequeno modelo despertou a cobiça de quem era jovem na década de 60 e hoje arranca suspiros dos admiradores de automóveis antigos. Seu principal concorrente nas ruas era o esportivo Puma, fabricado em fibra de vidro sobre plataforma mecânica da Volkswagen.

Motor traseiro compacto era o mesmo que
equipava os modelos Renault Gordini e Dauphine
O Interlagos começou a ser fabricado em 1961 sob a chancela da Willys Overland – que obteve na época a licença da Renault. O Alpine recebeu temperos bem brasileiros, o que lhe garantiu ‘alma’ diferenciada em relação ao veículo comercializado na Europa.

Foram produzidas 822 unidades do modelo
nas versões cupê, conversível e berlineta
O nome ‘Interlagos’ foi uma sugestão criativa que partiu do publicitário Mauro Salles para homenagear o principal autódromo do País. A referência “caiu bem” ao esportivo, pois, foi guiando a versão de corrida do Willys Interlagos que ícones do automobilismo verde-amarelo, como Bird Clemente, inspiraram os novatos que surgiam, notadamente Emerson Fittipaldi, Wilson Fittipaldi Jr. e José Carlos Pace, numa época em que os pilotos brasileiros começavam a se profissionalizar.

Entre 1961 e 1966, numa época que a indústria automobilística nacional ainda estava se estabelecendo por aqui, foram produzidas, sob encomenda, 822 preciosas unidades do modelo nas versões cupê, conversível e berlineta (uma espécie de cupê dois volumes, cujo vidro traseiro não está incorporado ao porta-malas).


Motor mais potente tinha 70 cavalos

A versão de série do Interlagos era equipado com motor de quatro cilindros, instalado na traseira, com três capacidades volumétricas: 845, 904 ou 998 cm³, com potência variando de 40 cv a 70 cv. O propulsor tinha a tarefa de empurrar apenas pouco menos de 600 quilos. Com apenas 3,7 metros de comprimento (3 cm a menos que um Clio) e carroceria de plástico reforçado e fibra de vidro, o baixo peso e o ajustado câmbio mecânico de quatro marchas eram dois dos trunfos do Interlagos para garantir o prazer ao volante de motoristas e pilotos. Com isso, o motor mais potente, com 70 cv, levava o modelo a 160 km/h.


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