SLS AMG Coupé Electric Drive: esportivo entra na era do motor elétrico

Esportivo tem tecnologia com quatro propulsores elétricos, que produzem 740 cv de potência

Helder Lima

Com o modelo SLS AMG Coupé Electric Drive, apresentado no Salão de Paris, que se realiza até 14 de outubro, a Mercedes-AMG entra na era do superesportivo livre de emissões, incorporando a tecnologia da Fórmula 1.

Tecnologia oferece 102 quilos de torque em qualquer rotação

O veículo AMG tem sistema de propulsão que adota quatro motores elétricos, com potência total de 552 kW (740 cv) e torque máximo de 102 kgfm. O modelo asas de gaivota é o veículo elétrico produzido em série mais veloz do mundo, podendo atingir 250 km/h (com limitação eletrônica). O SLS Coupé acelera de zero a 100 km/h em 3,9 segundos.

Modelo traz na lateral ponto de conexão de energia:
operação leva 3 horas com cabo especial

O modelo asas de gaivota mais "eletrizante" de todos os tempos foi desenvolvido internamente pela Mercedes-AMG GmbH. Sua bateria de alta voltagem é resultado da cooperação entre a Mercedes AMG e a Mercedes AMG High Performance Powertrains, localizada em Brixworth, Grã-Bretanha.

Os especialistas britânicos da Fórmula 1 contribuíram nessa área por seu conhecimento dos sistemas híbridos KERS (Kinectic Energy Recovery System), de recuperação de energia cinética dos freios.

Interior combina acabamento em couro e fibra
de carbono: modelo de alto valor agregado

O pacote tecnológico do modelo garante uma inédita experiência de direção: uma enorme força de impulso é gerada pelos quatro motores elétricos síncronos. A ágil resposta ao comando do pedal do acelerador e a entrega linear de força oferecem uma sensação diferente dos motores a combustão, já que a manifestação do torque nos motores elétricos é instantânea – o torque máximo é disponibilizado imediatamente ao arrancar.

Compartimento do motor é protegido por tampa em
fibra de carbono: material de alto desempenho

Os quatro motores elétricos síncronos compactos com imãs permanentes, cada um pesando 45 quilos, atingem individualmente 13 mil rpm e impulsionam seletivamente as quatro rodas por meio de uma transmissão configurada eixo a eixo. Isso permite a distribuição de torque individual para cada uma das rodas, que normalmente só seria possível com motores montados nos cubos, que têm a desvantagem de aumentar consideravelmente as massas não suspensas.

Sistema de som garante segurança nas viagens

Faróis escurecidos acentuam a sensação
de independência da seção dianteira

Como os motores elétricos são silenciosos, a montadora desenvolveu, por questão de segurança, um som específico para o modelo, garantindo assim que ele possa ser percebido nas ruas.

Os especialistas da AMG criaram uma sonoridade que procura expressar o dinamismo do modelo. Tudo começa com um som característico para a partida, que é emitido quando é pressionado o botão ‘Power’.

Os ocupantes do carro podem experimentar um som especialmente criado para cada situação de rodagem: dinâmico nas acelerações, discreto em velocidade de cruzeiro e com características especiais na recuperação de velocidade.

O som não depende apenas da velocidade, rotação dos motores e condições de carga do carro, mas reflete a situação de rodagem e a forma de operação do veículo.

Uma perfeita resposta para o motorista é garantida pela combinação do som, o uso dos ruídos inerentes ao veículo e a eliminação dos ruídos de fundo. O sistema sonoro de série do veículo conta com 11 alto-falantes.

Detalhes do design

Visualmente, o premiado design do SLS AMG foi combinado a vários itens criados especificamente para a versão Electric Drive. A dianteira do carro possui um impactante divisor aerodinâmico em fibra de carbono aparente, que garante a pressão vertical sobre o eixo dianteiro. A grade do radiador e as tomadas de ar adjacentes são pintadas na cor do veículo, com aberturas em forma de colmeia. Elas não são apenas detalhes visuais, mas, graças ao seu projeto aerodinâmico, também melhoram o fluxo de ar destinado aos módulos montados junto às aberturas. Faróis escurecidos acentuam a sensação de independência da seção dianteira.