segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Novo acordo automotivo entra em vigor no Brasil

Linha de montagem do Corolla, da Toyota, em Indaiatuba: engenharia brasileira deve crescer com novo acordo


Helder Lima

Este mês marca o início da vigência do Inovar-Auto, novo acordo automotivo celebrado entre governo federal e montadoras em outubro de 2012 para dotar os veículos fabricados no País de mais tecnologia, eficiência e soluções inovadoras.

Com ação prevista até dezembro de 2017, o acordo promoverá descontos no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para as fabricantes que investirem no desenvolvimento de engenharia brasileira.

A redução do imposto será proporcional ao ganho de eficiência dos veículos. Até 2017, o plano prevê que os carros novos consumam 12,08% menos combustível. 

Os modelos abastecidos com gasolina deverão rodar, em média, 15,93 km/litro, consumo que atualmente está em 14 km/litro. No caso do etanol, a eficiência deverá subir dos atuais 9,71 km/litro para 11,04 km/litro.

Essas metas, entre outras, ajudarão o setor automotivo a se alinhar com o padrão de consumo dos carros europeus, os mais avançados do mundo tecnologicamente, que por volta de 2015 devem lançar, em média, até 130 gramas de CO2 por quilômetro rodado.

O consumidor brasileiro deverá ser o principal beneficiado com o Inovar Auto, já que a inovação no setor deverá ter um efeito duplo. Além de os veículos se tornarem mais modernos em relação aos de países desenvolvidos, a atividade industrial no Brasil sairá fortalecida, valorizando os empregos locais.

Com as soluções tecnológicas que forem adotadas nos produtos, a indústria nacional deixará de pagar royalties por projetos “importados”, como acontece atualmente na maioria dos modelos que estão no mercado.

O Inovar-Auto faz parte do plano Brasil Maior, do governo federal, que busca também maior participação da indústria nas exportações.

Associação prevê aumentar investimentos

Segundo a ANFAVEA, a associação nacional das montadoras, de agora até 2017 o setor poderá investir R$ 60 bilhões no desenvolvimento de veículos, o que é 50% mais do que os R$ 40 bilhões previstos antes do novo regime, editado em outubro de 2012 pelo Decreto 7819 do governo federal.

Algumas das empresas que já estão habilitadas para o novo regime são Iveco, Volvo, Caoa, Venko, Districar e JAC Motors, entre outras. Para as empresas que hoje se limitam a importar veículos para serem vendidos no País, o acordo servirá com estímulo para a nacionalização de suas atividades.


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