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| Cupê de colecionador mantém-se conservado até hoje; no Brasil foram feitas 23 mil unidades |
Terminam hoje as inscrições para o concurso universitário de design promovido pela fábrica da Karmann-Ghia, de São Bernardo do Campo (SP), que vai premiar com R$ 100 mil o melhor projeto para o novo Karmann-Ghia cupê, que vai ressuscitar o modelo fabricado por dez anos no Brasil sobre chassis e motorização do Fusca. O segundo e terceiro lugares do concurso também serão premiados com R$ 60 mil e R$ 30 mil, respectivamente.
O concurso pretende recuperar o glamour do antigo cupê, que atualmente é um modelo cobiçado por colecionadores. No mercado de veículos usados, um exemplar do carrinho chega a R$ 110 mil se o seu estado estiver impecável, mas a maioria das ofertas desses veículos fica na faixa de R$ 20 mil a R$ 40 mil.
Segundo o livro The Karmann Story, de Dieter Knust, o cupê foi produzido no Brasil de abril de 1962 a abril de 1972, com um total de 23.578 unidades. Originalmente, o carro foi lançado na Europa em 1955 com o desafio de agregar valor à imagem dos veículos da Volkswagen.
Uma particularidade do cupê era sua produção artesanal, a partir de projeto desenhado pelo italiano Luigi Segre, na época proprietário de uma empresa chamada Carrozzeria Ghia. Foi da parceria com os alemães da Karmann, empresa que dava apoio à indústria na fabricação de diversos modelos, que surgiu a Karmann-Ghia, ocupando no País uma área de uma antiga fábrica de móveis na via Anchieta, perto das instalações da Volkswagen.
Com formas arredondadas e linhas suaves, o cupê tinha seus componentes de carroceria, como paralamas, entre outros, feitos à mão porque a tecnologia das prensas na época não permitia chegar ao formato previsto pelo projeto. Por isso, o cupê era conhecido como um modelo com “curvas esculpidas”.
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