A e-bike Dafra DBL desliga o motor ao alcançar a velocidade máxima de 30 km/h |
Helder Lima
As
fabricantes de motos estão lançando bicicletas elétricas (e-bikes) para
explorar um novo segmento do mercado, aproveitando a ‘onda verde’ que surgiu em
torno desse veículo, com o crescimento das ciclovias na cidade fazendo frente
ao caos no trânsito e no transporte público.
Modelo DBX, o mais barato, vai custar R$ 1.990 |
Depois de
Kasinski e Light se associarem para desenvolver a bicicleta Velle, a Dafra
anunciou nesta semana uma linha formada por três versões.
Os modelos
DBX e DBL começam a chegar às concessionárias da marca a partir da próxima
semana, com preços públicos sugeridos de R$ 1.990 e R$ 2.490, respectivamente.
Modelo DBO, top de linha será comercializado a partir de setembro |
A e-bike DBX
conta com Sistema de Assistência ao Pedal (PAS) com três níveis de apoio que
proporcionam maior ou menor assistência do motor elétrico. O usuário deve
escolher o nível que deseja e começar a pedalar. A autonomia da carga é de 42
km.
Com o PAS, o
ciclista consegue subir vias mais íngremes ou percorrer trechos maiores com
menos esforço, fazendo com que a DBX se transforme num veículo para chegar ao
trabalho, à faculdade ou, ainda, como complemento a outros meios, como ônibus,
trem ou metrô.
DB0 é dobrável e pode caber em um porta-malas |
Já o modelo DBL oferece seis níveis de assistência, que garantem
gradativamente maior ou menor atuação do motor. Essa bicicleta traz quadro em
alumínio e conjunto de motor elétrico e bateria de Lithium com 36V/10Ah,
gerando 350W de potência (ou 0,47 cv).
Já o
modelo top de linha, DB0, que é dobrável e pode caber em um porta-malas, será
comercializado exclusivamente nas lojas Polishop a partir de setembro. A
expectativa é aumentar a produção gradativamente até alcançar o patamar de 2,5
mil unidades vendidas ao mês.
Bélgica incentiva e-bikes com isenções fiscais para os usuários
DBL oferece seis níveis de assistência, que garantem gradativamente maior ou menor atuação do motor |
O mercado de bicicletas elétricas ainda
está sendo criado no Brasil, porém em outros países já é um setor consolidado.
Na Europa, a bicicleta foi incorporada à cultura, com investimentos
governamentais e corporativos para o incentivo à utilização diária do veículo.
Em Berlim, na Alemanha, por exemplo, houve um alto investimento público para a
inclusão das bicicletas no contexto da mobilidade urbana. Hoje, cerca de 400
mil pessoas utilizam bikes (comuns e elétricas) todos os dias para ir ao
trabalho. Já na Bélgica, empresas pagam 0,21 euro/km ao funcionário que trocar
o carro pela bike, e a companhia que aderir ao programa receberá isenção fiscal
do governo.
Mesmo nos Estados Unidos, com uma
ligação cultural forte ao automóvel, com o orçamento familiar cada vez mais
restrito, surgem alternativas que começam a funcionar e aos poucos um estilo de
vida sem carro é incorporado. Alinhando a isso existe uma cobrança social por
mais sustentabilidade e neste cenário as bicicletas elétricas e comuns ganham
espaço.
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