segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Fabricantes de motos lançam bicicletas elétricas

A e-bike Dafra DBL desliga o motor ao alcançar a velocidade máxima de 30 km/h

Helder Lima

As fabricantes de motos estão lançando bicicletas elétricas (e-bikes) para explorar um novo segmento do mercado, aproveitando a ‘onda verde’ que surgiu em torno desse veículo, com o crescimento das ciclovias na cidade fazendo frente ao caos no trânsito e no transporte público.

Modelo DBX, o mais barato, vai custar R$ 1.990
Depois de Kasinski e Light se associarem para desenvolver a bicicleta Velle, a Dafra anunciou nesta semana uma linha formada por três versões.

Os modelos DBX e DBL começam a chegar às concessionárias da marca a partir da próxima semana, com preços públicos sugeridos de R$ 1.990 e R$ 2.490, respectivamente.

Modelo DBO, top de linha será
comercializado a partir de setembro
A e-bike DBX conta com Sistema de Assistência ao Pedal (PAS) com três níveis de apoio que proporcionam maior ou menor assistência do motor elétrico. O usuário deve escolher o nível que deseja e começar a pedalar. A autonomia da carga é de 42 km.

Com o PAS, o ciclista consegue subir vias mais íngremes ou percorrer trechos maiores com menos esforço, fazendo com que a DBX se transforme num veículo para chegar ao trabalho, à faculdade ou, ainda, como complemento a outros meios, como ônibus, trem ou metrô.
DB0 é dobrável e pode caber em um porta-malas

Já o modelo DBL oferece seis níveis de assistência, que garantem gradativamente maior ou menor atuação do motor. Essa bicicleta traz quadro em alumínio e conjunto de motor elétrico e bateria de Lithium com 36V/10Ah, gerando 350W de potência (ou 0,47 cv).

Já o modelo top de linha, DB0, que é dobrável e pode caber em um porta-malas, será comercializado exclusivamente nas lojas Polishop a partir de setembro. A expectativa é aumentar a produção gradativamente até alcançar o patamar de 2,5 mil unidades vendidas ao mês.

Bélgica incentiva e-bikes com isenções fiscais para os usuários
DBL oferece seis níveis de assistência, que garantem
gradativamente maior ou menor atuação do motor
O mercado de bicicletas elétricas ainda está sendo criado no Brasil, porém em outros países já é um setor consolidado. Na Europa, a bicicleta foi incorporada à cultura, com investimentos governamentais e corporativos para o incentivo à utilização diária do veículo. Em Berlim, na Alemanha, por exemplo, houve um alto investimento público para a inclusão das bicicletas no contexto da mobilidade urbana. Hoje, cerca de 400 mil pessoas utilizam bikes (comuns e elétricas) todos os dias para ir ao trabalho. Já na Bélgica, empresas pagam 0,21 euro/km ao funcionário que trocar o carro pela bike, e a companhia que aderir ao programa receberá isenção fiscal do governo.

Mesmo nos Estados Unidos, com uma ligação cultural forte ao automóvel, com o orçamento familiar cada vez mais restrito, surgem alternativas que começam a funcionar e aos poucos um estilo de vida sem carro é incorporado. Alinhando a isso existe uma cobrança social por mais sustentabilidade e neste cenário as bicicletas elétricas e comuns ganham espaço.





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