O Passat original, (Geração 1 - (1973-1981), foi lançado em 1973 como modelo 74, como um dois volumes e meio médio de 2, 3, 4 ou 5 portas (e posteriormente uma versão SW de 5 portas). Era de certo modo apenas uma versão do sedan Audi 80, lançado um ano antes. Nunca foi produzida uma versão sedan nessa geração do Passat, de modo que os modelos Audi e Volkswagen tinham carrocerias diferentes e não competiam diretamente. Porém, visualmente, pouca coisa além da grade diferenciava o Passat (desenhado por Giorgetto Giugiaro) e o Audi 80. A versão europeia estava disponível com faróis hexagonais ou redondos, dependendo das especificações do modelo.
No Brasil o Passat surgiu em 1974 - um ano depois da versão europeia - mas apenas na versão fastback, nas versões standard e L e com motor 1.5. A sua primeira carroceria no Brasil foi a de 2 portas. Em 1975 foi lançada a versão de 4 portas e as versões LM e LS. Em 1976 foi lançada a de 3 portas assim como a versão 2 portas TS, com motor 1.6 e carburador solex importado da Alemanha.
Audi A80, o "pai" do Passat |
A carroceria de 5 portas, lançada em1977 foi uma das mais fabricadas no Brasil mas era exclusiva para exportação, sendo extremamente rara e desconhecida por muitos brasileiros, embora tenha vendido bem na America Latina, África e Europa juntamente com a versão perua de 5 portas, essa jamais existente no Brasil. Em 1978 foram lançados os modelos LSE, com 4 portas, mecânica do esportivo TS e encostos de cabeça no banco traseiro e o modelo Surf, destinado ao público jovem mas que disfarçava uma tentativa de fazer um modelo mais barato sem aspecto espartano. Em 1979 o Passat brasileiro ganha: nova dianteira herdada do Audi 80 fabricado de 1976 a 1978 e também novos para-choques com desenho mais reto e robusto.
As versões do Passat |
Em 1981 a maior mudança visual do Passat brasileiro são os piscas traseiros que passam a ser na cor âmbar (que antes eram usados apenas para exportação) ao invés de totalmente vermelhos. Em 1983 o Passat passa a ter quatro faróis retangulares situados em molduras, o TS passa a se chamar GTS e surge a versão GLS. No ano seguinte todas as versões ganham “nomes” complementares às versões. Uma versão básica chamada Special, o LS recebe o nome Village, o GTS vira GTS Pointer, logo em seguida com motor 1.8 do Santana, e o LSE é o LSE Paddock. Em 1985 o Passat ganha para-choques envolventes (semelhantes aos que viriam a ser usados no Gol somente dois anos depois) e novas lanternas traseiras frisadas e deixam de ser fabricadas as versões de 3 portas e o LSE. Em 1988 o Passat deixa de ser fabricado no Brasil.
Na Europa, ele foi um dos primeiros carros familiares modernos, e se propunha a substituir os ultrapassados 411/412, e o K70 (baseado num projeto da NSU). Interessante notar que ele foi um rival da primeira geração do Opel Ascona, que viria a se tornar o Chevrolet Monza no Brasil (e competir com o Santana). Na América do Norte, o carro se chamava Dasher.
O Passat usou os motores de 4 cilindros em linha longitudinais OHC 1.3 L, 1.5 L, e 1.6 L, a gasolina, também usados no Audi 80. No Brasil foi o pioneiro no uso da correia dentada. Possuía suspensão dianteira MacPherson com um esquema eixo rígido/molas na traseira.
O motor SOHC 1.5 produzia 65 cv líquidos (78 brutos) e foi ampliado para 1.6 litros em 1976 no modelo TS. O motor maior desenvolvia 80cv líquidos (96 brutos).
Passat 2 portas, Passat Variant e Passat 5 portas |
O Passat de 4 portas foi muito exportado para o Iraque entre 1983 e 1986, onde muitos ainda rodam, com seu interior em tom vinho e seus quatro faróis retangulares. Este Passat ficou conhecido aqui como “Passat Iraque”. Foi também montado na Nigéria.
No Brasil esta linha recebeu inúmeros aprimoramentos da linha B2 (Santana), como os motores AP 1.6/1.8 e o câmbio de 5 marchas.
A segunda geração do Passat (Geração 2 (1981–1988), bastante reestilizada, foi lançada em 1981 como modelo 82. A plataforma, chamada de B2, teve a região posterior ao eixo traseiro aumentada, embora fosse instantaneamente reconhecível como um Passat. O carro foi lançado como Quantum (toda a linha) na América do Norte em 82, como Santana (apenas o sedan) e Quantum (SW) no Brasil, em 1984, Corsar, no México de 1985 a 1988, e Passat na África do Sul até 1987.
Quantum/Passat SW |
Vale notar que o nome Santana foi usado também na Europa para designar o sedan até o início de 1985, o que poderia sugerir que a Volks planejava desenvolver uma outra linha a partir dele. A linha recebeu uma pequena reestilização nesse ano, com o sedan compartilhando a mesma frente e traseira do resto da linha.
A motorização (ainda 4 cilindros em linha) era mais diversificada do que nos anos anteriores, e incluía um 2.0 a gasolina e 1.8 a diesel, além dos já anteriormente disponíveis na plataforma B1.
No Brasil, esta geração do Passat continuou a se chamar Santana/Quantum mesmo depois de 1985 (principalmente por que a plataforma B1 não sairia de linha até final da década de 80 por aqui). Dentro dos termos de uma joint venture com a Ford chamada Autolatina, o carro foi vendido sob a marca Ford Versailles/Royale e Ford Galaxy na Argentina.
A Royale, equivalente a Quantum/Passat SW, possuía apenas 3 portas, diferente da versão Volks, disponível apenas com 5 portas no Brasil. Embora modelos 3 portas fossem populares no país naquela época, conta-se que o real motivo era que a Volks não queria que a Royale competisse com a Quantum no segmento 5 portas.
Esta 2ª geração do Passat ainda é fabricada na China, com a mesma reestilização utilizada na 2ª geração do Santana brasileiro, sob o nome Santana 2000, na fábrica da Volks em Shanghai.
O Passat hoje
Com design inovador e tecnologia da marca alemã, o Passat CC conta com toda a base técnica do modelo sedã, que já tem seu sucesso comprovado há mais de três décadas. A personalidade do novo modelo foi inteiramente descrita na carroceria que ganhou um novo desenho e uma silhueta de linhas fluidas. O teto estende-se em raio plano desde o pára-brisa até a traseira. Um dos traços característicos do design do modelo é a acentuada linha arqueada que corre pelas laterais, logo abaixo das janelas e acima dos arcos das rodas dianteiras e traseiras. Outra novidade introduzida por esse cupê é o teto panorâmico de vidro (opcional), que aumenta a sensação de espaço e proporciona vista ampla para o alto.
Passat CC mantém o sucesso do sedã comprovado há mais de três décadas |
O Passat CC vem equipado com o motor V6 3.6 FSI (sistema de injeção direta de última geração) com 300 cavalos de potência e 6.600 rpm e 35,6 kgfm de torque entre 2.400 e 5.300 rpm. Em conjunto com a transmissão automática de dupla embreagem DSG Tiptronic de 6 velocidades e a tração integral permanente 4Motion, o luxuoso modelo é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 5,6 segundos e de atingir os 250 km/h de velocidade máxima.
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