Caminhões de grande porte são obrigados a ter o cronotacógrafo em ordem (foto: Divulgação) |
Considerado a ‘caixa-preta’ de caminhões, ônibus e demais veículos com capacidade para transportar mais de 4.536 kg ou acima de dez passageiros – no caso dos coletivos –, o cronotacógrafo é essencial para a segurança nas estradas.
No entanto, de janeiro a abril deste ano, durante operações de fiscalização em rodovias e empresas de todo o Estado, o Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP) reprovou 427 (32,8%) dos 1.300 aparelhos examinados, seja pela falta de lacre e etiqueta do Inmetro, ou por estarem com certificado de verificação vencido ou até mesmo inexistente. Nesse período, foram abordados veículos de carga, de transporte de produtos perigosos e ônibus escolares e coletivos.
“Os números mostram que boa parte dos motoristas está desatenta, o que é bastante grave, pois, além da autuação, o condutor expõe outras pessoas a riscos quando seu equipamento não está calibrado”, avalia José Tadeu Rodrigues Penteado, superintendente do Ipem-SP. O cronotacógrafo registra dados importantes como distância percorrida, pontos de parada, respeito aos limites de velocidade e tempo de direção sem paradas.
Proprietários dos caminhões ou empresas que não possuírem o certificado de verificação válido do cronotacógrafo são autuados.
Equipamento requer manutenção periódica
O cronotacógrafo contém um disco diagrama de papel ou fita que deve ser trocado a cada 24 horas ou sete dias.
Para obter o certificado de verificação, obrigatório para transportar cargas e passageiros, o proprietário do veículo deve lacrar o equipamento em uma oficina autorizada pelo fabricante e credenciada pelo Inmetro. Em seguida, deve passar por ensaios em um posto autorizado pelo órgão federal que analisa se o instrumento atende aos requisitos do regulamento.
Em seguida, o posto envia ao Ipem-SP um relatório sobre essa análise e os discos do “crono” para que sejam feitos testes metrológicos. No caso de aprovação, o certificado de verificação é emitido e tem validade por dois anos em todo o território nacional.
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