Protótipo da gaúcha Fórmula UFSM faz 11 km/l de gasolina, atinge velocidade máxima de 180 km/h e pesa 230 kg |
Carro da Unicamp E-Racing participará na categoria elétrico |
Para a construção do protótipo de Campinas, a equipe optou por fibra sintética de aramida na carenagem, material leve e resistente. O carro é movido por motor elétrico composto por 76 baterias de LiFePO4, chegando a 300 volts e 120 CV (85 kilowatts) de potência, limite estabelecido pelo regulamento da SAE International. Com uma carga de 2h nas baterias é possível rodar 25 km. O carro pesa 250 kg e atinge velocidade máxima de 170 km/h. “Nossas expectativas são muito boas e esperamos vencer”, comenta o capitão da equipe, Diego Moreno Bravo, estudante do 6º ano de Engenharia Mecânica.
Categoria a combustão – Participante da categoria de veículos movidos a combustão, a equipe Fórmula UFSM, composta por 19 estudantes da UFSM, do Rio Grande do Sul, compete em Lincoln com outras 80 equipes do Canadá, México, Japão, Índia e Estados Unidos. Para tentar boa pontuação, os estudantes apostaram no sistema de gerenciamento eletrônico MOTEC 1800, utilizado por equipes de ponta do automobilismo para estabilizar todos os sistemas eletrônicos do carro com base nas necessidades do veículo em movimento.
O protótipo faz 11 km/l de gasolina, atinge velocidade máxima de 180 km/h e pesa 230 kg. “Investimos também no design do veículo, para aliar o aspecto funcional com o visual”, explica o professor Mario Martins, orientador do projeto. Martins destaca a importância acadêmica do projeto Fórmula SAE. “Os estudantes desenvolvem na prática conceitos de várias áreas da Engenharia, o projeto é multidisciplinar”, acrescenta o professor.
As equipes Unicamp E-Racing e Fórmula UFSM ganharam o direito de representar o Brasil na Fórmula SAE Michigane Fórmula SAE Lincoln após conquistarem o primeiro e segundo lugares, respectivamente, nas categorias elétrica e combustão, durante a Fórmula SAE BRASIL-PETROBRAS, ocorrida em dezembro de 2012.
Fórmula SAE - ESPECIALIZAÇÃO - Os carros Fórmula SAE a combustão têm motores de 4 tempos e cilindrada máxima de 610 cm³. Já os elétricos devem ser tracionados com motores elétricos alimentados a partir de baterias de até 600 volts (esse limite varia de acordo com o País onde é realizada a
competição). A construção dos veículos devem obedecer às normas do regulamento da competição, disponível no site da SAE BRASIL - www.saebrasil.org.br -, que exige das equipes (com até 20 integrantes) que se especializem nos variados sistemas que compõem um carro deste tipo, como powertrain, freios, direção, suspensão, sistemas elétricos, chassis e segurança.
Os carros Fórmula SAE surgiram em 1978, nos EUA, e, desde então, são projetados por equipes de estudantes de graduação e pós-graduação de engenharia, de acordo com regras definidas pela SAE International e sob a orientação de um professor.
Além do Brasil e Estados Unidos, as competições de carros Fórmula SAE Combustão são realizadas na Inglaterra, Alemanha, Austrália, Áustria, Espanha, Hungria, Itália e Japão. O Brasil ingressou no circuito em 2004, com objetivo de fomentar nos estudantes de engenharia a especialização técnica em veículos de alto desempenho. Já a categoria Elétrica faz parte das competições dos EUA, Alemanha, Itália, Inglaterra, Austrália e, agora, do Brasil. O objetivo principal da categoria elétrica é aumentar o conhecimento técnico na área de motores 100% elétricos para as novas gerações de engenheiros, responsáveis pelas novas tendências da engenharia.
“O objetivo maior do conhecimento tecnológico está no processo de inovação e de introdução de novas tecnologias para sua utilização sistêmica, com fins econômicos e sociais. É essa a filosofia que a SAE BRASIL adota em suas competições estudantis, que desafiamos estudantes de engenharia à ousadia e à criatividade aplicadas aos projetos desenvolvidos por eles”, afirma o engenheiro Ricardo Reimer, presidente da SAE BRASIL.
Fonte: Companhia de Imprensa
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