quarta-feira, 28 de maio de 2014

Renault entrega monopostos da Fórmula E

Monoposto – Veículo trabalha com sistema adicional de potência, mas uso será limitado pela FIA

Helder Lima

As empresas Renault e Spark Racing entregaram na semana passada para as equipes as primeiras unidades dos monopostos elétricos que vão disputar o campeonato mundial de Fórmula E a partir do dia 13 de setembro, em Pequim.

A entrega ocorreu no circuito inglês de Donington Park. O campeonato é organizado pela FIA, a mesma entidade dirige a Fórmula 1, e a duração dessa primeira temporada com carros de propulsão 100% elétrica termina em junho de 2015.

Campeonato de elétricos começa em setembro
e deve passar por dez cidades no mundo
O campeonato vai passar por dez cidades no mundo, entre elas, Londres, Beijing e Los Angeles. As provas contarão com a participação de dez equipes, cada uma delas com dois pilotos, e cada um destes, por sua vez, contará com dois carros.
Spark-Renault SRT-01E – Primeira unidades
foram entregues às equipes na semana passada

As provas serão disputadas em um dia único de eventos, incluindo treino, qualificação e a corrida propriamente dita. Esse concentração foi decidida para que os custos ficassem menores.
Volante – Todas as informações e
comandos estão reunidas em peça única

Cada corrida terá aproximadamente uma hora, e os pilotos vão fazer um pit stop para trocar de carro.
Os mopostos tem motor que desenvolve 180 cv de potência máxima, mas há um sistema de propulsão adicional que eleva a potência para 270 cv e pode ser acionado por meio de um botão no painel, chamado de 'boost button'.

Em cada corrida, o piloto poderá usar o recurso da potência em um número limitado de vezes, de acordo definição da FIA. Como o uso desse sistema também está relacionado ao consumo de energia, o piloto terá de usar seu talento para obter o melhor resultado. O piloto que fizer a volta mais rápida receberá dois pontos adicionais.

Campeonato inspira desenvolvimento tecnológico 

O campeonato de Fórmula E foi concebido pela FIA para ser um evento aberto, o que quer dizer que qualquer fabricante de veículos elétricos pode participar, desde que observe as especificações técnicas da associação para construir o carro.

Com esse formato, a FIA espera contribuir para o desenvolvimento tecnológico do carro elétrico como alternativa de mobilidade no mercado global.

O modelo Spark-Renault SRT-01E, entregue às equipes, é o primeiro homologado pela FIA.
A tecnologia do monoposto foi viabilizada por um consórcio entre várias companhias. A Spark Racing Technology, dirigida por Frédéric Vasseur, trabalhou em colaboração com empresas como a italiana Dallara, que construiu o chassi e o conceito aerodinâmico. O chassi é fabricado em fibra de carbono e alumínio.

O motor e componentes eletrônicos foram fornecidos pela McLaren, enquanto a Willians desenvolveu as baterias que vão permitir aos veículos acalçar a potência de 270 cavalos. A caixa de câmbio sequencial vem da Hewland e os pneus são da Michelin.

DESEMPENHO
O monoposto da Fórmula E acelera de zero a 100 km/h em três segundos. Sua velocidade máxima, limitada pela FIA, é de 225 kmh. Durante as provas, o fornecimento de energia para cada carro estará limitado a 30 kWh. Esse fornecimento será permanentemente monitorado pela FIA. Outra regra para os veículos é o peso máximo do sistema de baterias e capacitor, que não pode passar de 200 quilos. O uso de tecnologia de controle de tração é proibido.

SONORIDADE 
O ruído produzido pelo Fórmula E será bastante diferente da Fórmula 1, mas nem por isso deixará de transmitir a sensação de velocidade. Quando estiver em alta velocidade, o monoposto elétrico será ainda mais notado do que os motores convencionais, já que o elétrico produzirá 80 decibéis, enquanto o Fórmula 1 tradicional proporciona 70 decibéis. Como em baixa velocidade o carro é silencioso, foi criado um sistema de sonorização artificial para maior segurança, que é ativado quando o veículo faz o pit stop.



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