A Ford levou o conceito de sustentabilidade também para o processo de criação de veículos, por meio da reciclagem da argila usada na construção de protótipos. Conhecido na indústria automobilística como “clay”, esse material de moldagem está presente em diversas fases da criação e passou a ser reciclado, como mostra o vídeo.
A máquina de reciclagem da Ford já evitou o envio de mais de 9 toneladas desse material para aterros nos últimos anos. A maior parte da argila reciclada pela Ford vem do processo de usinagem, no qual os designers usam uma máquina para esculpir a silhueta do veículo.
Apesar de todos os avanços da tecnologia e softwares digitais, nada supera a modelagem do veículo em tamanho real para o aprimoramento de detalhes internos e externos do seu design. A argila ainda é o melhor meio de visualizar nuances que podem não ficar aparentes quando se usa um modelo digital ou em escala.
“Novas tecnologias estão surgindo a todo momento, mas quando queremos ver os aspectos físicos do carro no início do processo ainda usamos a argila”, diz Lloyd VandenBrink, gerente de modelagem do Estúdio da Ford em Dearborn, EUA.
A produção de novos modelos requer muita argila. A criação da nova picape F-150 Raptor, por exemplo, consumiu cerca de 880 kg de argila e mais de 20 mil horas de modelagem durante quatro anos.
Inovando na reciclagem
Nos últimos cinco anos, a Ford reciclou argila suficiente para preencher mais de 26 mil latas de refrigerante de 350 ml, ou o equivalente ao peso de três elefantes asiáticos.O enxofre costumava ser um ingrediente importante da argila, mas quando aquecido ele evaporava e podia causar mau funcionamento nos equipamentos eletrônicos. Por isso, foi eliminado nos anos 2000.
A argila usada pela Ford na modelagem, na verdade, não é de barro. Ela é feita de uma combinação de ceras e óleo com agregado e não contém água como a argila cerâmica tradicional.
Fonte: Imprensa Ford
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